sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Transporte Coletivo??

Estava eu, ontem, no meio de transporte coletivo (mais conhecido como ônibus e carinhosamente chamado de busão) de minha cidade e comecei pensar sobre os fatores que o tornam "coletivo", ou seja, o que as pessoas que o utilizam têm em comum (além do fato de quererem ir a algum lugar).
Comecei a observar as pessoas "coletivas a mim" naquele busão, a grande maioria dormia, muitas estavam em seu mundo musical com algum tipo de MP3 nos ouvidos, umas poucas liam ou observavam o trajeto, o fato é que umas estavam completamente indiferentes a existência das outras. Como se fizessem questão de fingir que aquela pessoa que está ali, carregada, em pé no corredor não existisse! O próprio cobrador é ignorado, sim, aquela pessoa que libera ou não o acesso das pessoas a roleta é solenemente ignorado, as pessoas agem como se um "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite" fosse extremamente difícil de dar e como se estivessem depositando o seu dinheiro em uma máquina qualquer.
Um celular toca, de repente rompe-se o silêncio, uma senhora atende e começa a conversa mais gritada que eu alguma vez presenciara..
- ALÔ FULANA!! TUDO BEM?
- TO TE OUVINDOO, PODE FALAR!!! -a gritaria seguinte, despertou até o sono mais profundo
- O QUE? A VERÔNICA TA NO PRONTO SOCORRO?? DISSERAM QUE É HEMORRÓIDA?? - começam a surgir risos contidos, alguns fingiam que a música estava engraçada, outros atribuíam a graça aos livros o fato é que todos prestavam cada vez mais atenção pra saber o destino de Verônica.. a conversa(gritada) prosseguiu
- AH MEU DEUS!!! É GRAVE?? FAZ O SEGUINTE, EU TO CHEGANDO EM CASA DAQUI A POUCO, VOU PEGAR O CARTÃO DE VACINAÇÃO DELA E VOU JÁ PRA LÁ!! TA BOM? TCHAU - ao desligar o telefone e percebendo que o cobrador e algumas pessoas estavam com os olhos arregalados e se perguntando qual seria a necessidade do cartão de vacinação a senhora, agora constragida, comentou
- Verônica é a minha cadelinha...
Logo tudo voltou ao "normal" no mundo da indiferença, as pessoas voltaram aos afazeres de sua não coletividade... e, claro, ignorando SOLENEMENTE o ambulante que tentava vender cicrete, bala hausee e 5 paçoquinhas a 1 real.

"O Contrario do amor não é o ódio mas, sim, a INDIFERENÇA"

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ansiedade

Comecei esse blog ontem com a idéia de que ele fosse algo completamente anônimo, desinteressado, não em busca de leitores mas em busca de algo que preenchesse alguns espaços livres... Mas, a partir da primeira postagem, reparei que algo diferente aconteceu.. Uma ansiedade de escrever, uma constante busca por fatos novos e interessantes para postar, mesmo que para que ninguém leia (até porque duvido que alguém perca seu tempo lendo devaneios de um anônimo.

Varios assuntos passaram pela minha cabeça, por exemplo, quando fui concluir minha matricula no ingles, sim porque uma de minhas resoluções de ano novo, além de criar um blog, é me tornar uma pessoa bilingue justamente por causa do fenomeno da globalização, comecei a divagar sobre o fenomeno em questão, sobre a eleição e posse do presidente dos EUA, a guerra de Israel, etc e como todas essas coisas afetam nossas vidas. Logo a seguir, pagando pelo material didático e ao perceber que por fazer a matricula 10 dias antes da passagem do ano ganhei uma vantagem de quase R$400 com relação ao meu colega que se matriculou no dia 5 desse ano (pior pra ele..rsrsrs) comecei a divagar sobre a inflação, o consumismo, a taxa de juros, crise mundial, desemprego, investimentos, etc.

No fim das contas, resolvi pensar, ou melhor, meditar na bondade de Deus, meditar em como Ele é fiel mesmo quando nós não somos fieis, mesmo quando nós não entendemos os seus caminhos e até reclamamos por isso!! A sua Fidelidade não se abala!!! O seu amor não muda por isso!!
Acho que... na verdade, eu tenho certeza, que tenho que "andar de joelhos" (linguagem figurada utilizada pela minha avó ao expressar que tenho que agradecer muuuuito a Deus) agradecendo pela saúde, pelo emprego, pela oportunidade de estudar, pelo descontão de R$400...

Quanto aos outros assuntos..quem sabe um dia eu me atrevo a escrever...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Introdução....

Ainda se aprende na escola (triste realidade, hoje em dia não aprendemos quase nada nas escolas, principalmente se forem públicas) que todo texto tem introdução, desenvolvimento e conclusão, quando chegamos um pouquinho mais a frente nos estudos percebemos que os textos tem que ter: Problema, hipótese, objetivos gerais e específicos, justificativas, etc. (pra quem ta pensando que sou traumatizado com a monografia eu respondo: SIM!!, mas isso são outros 500). Voltando a minha introdução...
Quem nunca escreveu um diário na vida? Ou quem nunca tentou escrever um?? E Fala sério, quem nunca se divertiu lendo o diário da irmã mais nova só pra poder tocar o terror na pobrezinha depois? Minha teoria é a seguinte: o diário é um instrumento de desabafo, nele a pessoa escreve os seus anseios e desejos mais profundos que não tem coragem nem de dizer em voz alta, ou então o diário, simplesmente, supre a falta de um amigo porque o diário não te julga, não te desaponta, não te entende mal, e de preferência, como é o desejo de todo mundo que o escreve, ele não conta os teus segredos pra ninguém ( a não ser que seja o pentelho do teu irmão mais velho ou mais novo)... e mesmo assim, o pavor da leitura indevida nos tolhe a sinceridade.
Um diário não é sincero!!
Um fenômeno que acontece hoje é que as pessoas não tem medo de expor suas vidas nos orkuts, nos flogs, nos flicks, blogs.. os diários são escritos na internet, ao alcance de todos os curiosos, sem ter o que fazer (e eu me incluo) e o melhor e que quem os escreve fica torcendo para que todo mundo os leia e comente!!!
Ontem, ninguem podia ler... Hoje, quanto mais melhor!!
A sinceridade? Essa continua perdida por ai em algum lugar, no meio do medo dos irmãos, no meio dos fakes.. Um dia, quem sabe, a encontraremos.